Ao determinar a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu todas as visitas que tinham sido pedidas para políticos no período que antecedia o início de cumprimento da pena de mais de 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
A suspensão das conversas interrompe as articulações que vinham sendo conduzidas pelo ex-presidente, principalmente, relacionadas à candidatura ao Planalto em 2026. A decisão de Moraes indica que todas as visitas agora terão que ser autorizadas pelo STF e restringe a autorização apenas a “advogados regularmente constituídos e com procuração nos autos, bem como da equipe médica que acompanha o tratamento de saúde do réu”.
No PL, a orientação era de que a escolha do candidato seria feita pelo ex-presidente, mas Bolsonaro ainda resistia a declarar seu apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nome preferido das cúpulas dos partidos do Centrão e de setores da direita.
Tarcísio já tinha uma visita a Bolsonaro autorizada por Moraes para o dia 10 de dezembro, apesar das perspectivas de início do cumprimento de pena antes dessa data.
A prisão interrompe o planejamento do partido e deixa um vácuo na definição dos palanques regionais e nacional. Para recompor a estratégia e traçar os próximos passos, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), se encontra neste sábado em Minas Gerais com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.
(PlatoBR)