terça-feira, 28 de julho de 2009

DEFESA DE LULA A SARNEY NÃO É GRATUITA

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), passa a última semana do recesso cuidando da mulher, dona Marly Sarney, que se recupera de uma cirurgia em São Paulo, na expectativa de que a crise arrefeça.
Mas, a amigos e aliados políticos, deixou o recado que vem sendo repetido pelos peemedebistas: não renuncia de jeito nenhum e faz isso porque sua permanência no comando do Senado ajuda mais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à governabilidade do que a ele próprio. É o que mostra reportagem de Cristiane Jungblut e Gerson Camarotti na edição desta terça em O GLOBO.
Essa mensagem vem acompanhada da ameaça do PMDB de que, na pior das hipóteses, Sarney se licenciaria para acompanhar a recuperação da mulher, deixando o tucano Marconi Perillo (GO), 1º vice-presidente, na presidência da Casa.
Colaboradores de Sarney lembram que o Senado tem uma "pauta-bomba" contra o governo, e basta um dia no comando da Casa para o PSDB pôr projetos em votação, como a extensão do reajuste dado ao salário mínimo em 2006 a todos os aposentados, que está na pauta do Congresso (sessão conjunta da Câmara e do Senado).
Por isso, dizem os sarneyzistas, o presidente Lula não tinha outra saída senão manter a defesa de Sarney, como vem fazendo por intermédio do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.