Estive no Rio de Janeiro em um almoço onde o homenageado era o presidente da Transpetro, o cearense Sergio Machado. A diretoria da Petrobras estava presente. Sergio Machado recebeu a “Chave da Cidade”, comenda maior da capital carioca. O prêmio foi o reconhecimento pelo trabalho difícil de reconstruir a indústria naval brasileira, que tem braço forte no Rio.Nas rodas após a homenagem, conversando com gente grande da Petrobras, todos perguntavam por que o governo do Ceará tinha tanta dificuldade em resolver o problema do terreno onde seria instalada a Refinaria Premium. Respondi que existe um empenho muito forte do Estado e que o Ministério Público exige soluções para a questão indígena. Minhas palavras na verdade eram para justificar, ou meias verdades.
Ao chegar fui apurar. O governo do Ceará está arrastando uma decisão que já deveria ter sido tomada: remanejar 132 famílias que estão no terreno, todas moradoras de áreas urbanas. O custo da transferência não chega a R$ 5 milhões, segundo o advogado da comunidade Tapuio, no Pecém.
Somando a letargia do governo a má vontade com o Ceará do senhor Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, a Refinaria Premium pode ir para o espaço. É que a Petrobras engoliu a refinaria cearense por ordem do patrão de todos no PT, o ex-presidente Lula.
Por Roberto Moreira
