De Pedro Collor a Roberto Jefferson, todas as
CPIs importantes na História recente do país tiveram um grande acusador. Na
CPI do Cachoeira, se depender da linha de defesa das renomadas bancas de
advogados contratadas pelos clientes envolvidos no escândalo, a resposta será
negativa. Os principais acusados, o senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO) e o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já
montaram verdadeiros diques em torno deles mesmos. Os dois contrataram os
advogados criminalistas mais caros do país e deixaram claro que não estão
dispostos a falar.
Cachoeira, o mais abonado da organização,
contratou o influente ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. No início
do caso, surgiram rumores de que o rei da jogatina em Goiás desembolsaria a
fortuna de R$ 15 milhões pelos serviços advocatícios do ex-ministro.
Demóstenes, que declara um patrimônio inferior a R$ 1 milhão, também
contratou um criminalista de peso: o advogado Antônio Carlos de Almeida
Castro, o Kakay, sempre acionado pelos políticos envolvidos em escândalos de
corrupção.
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