segunda-feira, 29 de abril de 2013

CORTE DE GASTOS MANTÉM REGALIA DOS SENADORES


Recém-anunciada pelo Senado, a reforma administrativa da Casa prioriza o corte de funções comissionadas de baixo escalão e mantém diretorias criadas exclusivamente para sustentar privilégios e mimos aos senadores. Na era do check-in pela internet ou pelo celular, o Senado conserva setor com nove funcionários, com salários superiores a R$ 15 mil líquidos, dedicados a retirar bilhetes no balcão de companhias aéreas e carregar malas para os parlamentares e parentes. Também preserva serviço VIP de porteiro, marceneiro, lavadeira e “carregador de móveis” para os ocupantes de apartamentos funcionais. No Aeroporto de Brasília, os carregadores de luxo retiram bilhetes nos balcões e, segundo a Casa, “quando necessário”, resolvem “problemas de embarque e de extravio de bagagens”. Pelas duas funções, a média da folha de pagamento dos servidores do check-in, no mês passado, foi de R$19,7 mil líquidos, sendo o salário do coordenador de Apoio Aeroportuário o maior. Francisco Farias recebeu R$ 24.362,96, já deduzidos os descontos. Só de gratificação pelo comando da área, ele contabilizou R$ 4.103,09, o terceiro nível mais alto de função comissionada do Senado. O valor é maior do que os R$ 19,8 mil líquidos recebidos pela presidente Dilma Rousseff para gerir o país.