Além da pressão de PT e PMDB, um cálculo eleitoral contribuiu para precipitar o desembarque do PSB do governo Dilma Rousseff: o partido de Eduardo Campos negocia alianças com o PSDB de Aécio Neves em 21 unidades da federação em 2014. O alinhamento com os tucanos ocorre em colégios eleitorais importantes, como São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, e em 3 dos 6 Estados que o PSB governa: Pernambuco, Paraíba e Piauí. Só em seis praças a aliança preferencial é com o PT.
Os acenos de Dilma e Lula para reverter a entrega dos cargos do PSB no governo aumentaram a irritação de Campos. O governador de Pernambuco fez chegar a petistas que considerava essa mais uma iniciativa para tentar desgastá-lo.
Convencido a deixar a pasta da Integração Nacional por seu padrinho, a quem se manteve fiel apesar do assédio do PT, Fernando Bezerra assumiu leve dianteira na lista de cotados a ser o candidato de Campos à sucessão pernambucana. (Da Folha de S.Paulo - Vera Magalhães)
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