Em uma das delações premiadas, o lobista Milton Pascowitch afirmou que
repassou cerca de R$ 180 mil à Editora 247 Ltda., que edita o site “Brasil
247”, a pedido do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. As informações
constam do despacho do juiz Sérgio Moro que determinou a prisão
preventiva do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. O lobista afirmou
que o pagamento de propina tinha como objetivo dar legalidade ao “apoio”
do PT ao site. Dirceu foi preso na manhã desta segunda-feira (3), durante a 17ª fase da Operação Lava Jato.
Segundo as investigações, Pascowitch repassou valores de recursos
desviados da Petrobras a várias empresas, por meio de sua empresa, a
Jamp Engenheiros. A Jamp, de acordo com o lobista, efetuou contratos
simulados com a Consist Software, que, a mando de Vaccari, efetuou
contratos com a editora 247 Ltda. A suspeita da PF é que esses contratos
também foram simulados para o recebimento de propina.
O acerto, conforme depoimento de Pascowitch, ocorreu durante reunião entre o fundador do site,
o jornalista Leonardo Attuch e o lobista. Na ocasião, Vaccari sugeriu o
fechamento de um contrato anual entre a editora e a Consist. Foram
realizados dois pagamentos da Consist no valor de R$ 30 mil cada e
outros dois pagamentos, por solicitação do jornalista, que totalizaram
R$ 120 mil, de acordo com os investigadores.
(Site Congresso em Foco)