É o sonho de todo sedentário: obter os benefícios das atividades
físicas sem ter de suar a camisa. Em um mundo cada vez mais inerte,
obeso e comprometido por doenças crônicas, os cientistas estão atrás da
fórmula que permitirá perder gordura, ganhar resistência e fortalecer o
corpo, mesmo que sentado no sofá. Atualmente, há oito compostos sendo
testados em laboratórios americanos que poderão dar origem à pílula do
exercício.
Embora promissoras, porém, ainda há inúmeras limitações que precisam
ser superadas antes de começarem os estudos em humanos. A principal
delas é que nenhuma das moléculas estudadas foi capaz de, até agora,
mimetizar todos os ganhos que se tem ao colocar o corpo em movimento.
Muito embora pareçam tentadoras a quem é simplesmente preguiçoso, as
pílulas não pretendem substituir a atividade física para pessoas
saudáveis. A intenção dos cientistas é beneficiar indivíduos que, devido
a limitações como osteoporose, obesidade mórbida e insuficiência
cardíaca, têm dificuldades maiores para incluir uma rotina de exercícios
e acabam abandonando as atividades recomendadas pelos médicos.