Muitos consumidores brasileiros não controlam o quanto gastam, não
sabem quanto pagam de juros, não se planejam para imprevistos,
desconhecem o valor de seus rendimentos mensais e ainda assumem ser
pessoas desorganizadas financeiramente. De acordo com uma pesquisa
realizada em todas as capitais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL),
45,8% dos entrevistados não realizam um controle sistemático do seu
orçamento, sendo que 29,3% o fazem apenas ‘de cabeça’ – ou seja,
recorrem a um método pouco confiável para organizar suas finanças.
Entre os entrevistados que utilizam algum método organizado para
gerenciar seus recursos financeiros (53,9%), o mecanismo mais comum é o
caderno de anotações, mencionado por 29,8% da amostra, seguido pela
planilha (21,0%) e pelos aplicativos digitais (3,1%).
O levantamento mostra ainda que boa parte dos brasileiros reconhece a
falta de organização para lidar com o próprio dinheiro. Menos da metade
(48,1%) dos entrevistados ouvidos consideram-se pessoas organizadas
financeiramente. Considerando uma escala de um a dez, a nota média que o
brasileiro atribui para o seu próprio nível de educação financeira é de
apenas 6,3.