Os partidos têm até domingo para definir alianças e confirmar candidaturas às eleições de outubro. Seria desejável que, a apenas nove semanas da votação, o horizonte político estivesse menos nebuloso, pautado pelo debate de propostas sobre a condução do país a um ciclo de desenvolvimento.
Até agora, porém, a maioria dos candidatos à Presidência parece exercitar a retórica como arte de ocultar pensamentos. Como fatos não deixam de existir somente porque são ignorados, restam algumas certezas. Uma delas é que, em janeiro, haverá no Planalto alguém eleito em circunstâncias de fragilidades.
O próximo presidente deverá contar com menos apoio no Congresso do que seus antecessores, num ambiente de extrema fragmentação político-partidária.