sexta-feira, 5 de abril de 2019

APELIDOS DO ANEDOTÁRIO POLÍTICO

Paulo Guedes_Jefferson Rudy_Agência Senado_7
Apelidos fazem parte do anedotário da política brasileira. Há os que foram incorporados aos nomes, como Lula, Garotinho e tantos outros. Existem também os que ficaram famosos por estarem nas planilhas da Odebrecht, usados para que os funcionários do “baixo clero” da empreiteira não ficassem sabendo quem era o verdadeiro destinatário da propina, como Viagra, Aquático, Aspirina, Barbie, Maçaranduba, Garanhão, Kibe, etc. E aqueles dados com o intuito de desestabilizar o adversário.
 
O ex-governador Leonel Brizola era um mestre na arte do bullying da política. Os mais famosos cunhados pelo político gaúcho, morto em 2004, foram Gato Angorá, em referência ao sucessor Moreira Franco no governo do Rio; Sapo Barbudo, ao citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na primeira disputa presidencial após a redemocratização; e Filhote da Ditadura, como chamava Paulo Maluf durante a mesma campanha eleitoral de 1989.

Na noite de quarta-feira, o plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, registrou mais um desses momentos do anedotário da política nacional. A sessão destinada a ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisou ser encerrada após o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) fazer referências ao titular da equipe econômica de Jair Bolsonaro como “tchutchuca”, inspirado no refrão cantado pelo grupo de funk Bonde do Tigrão, que fez muito sucesso no início dos anos 2000. Durante pouco mais de um minuto, palavrões e xingamentos tomaram conta da CCJ, e o encontro do ministro com os congressistas acabou por ali.
(Correio Braziliense)