O governador Camilo Santana apresentou na última sexta-feira (5), na Universidade de Harvard, em Boston (EUA), as ações do Ceará para o combate ao crime organizado e redução dos índices de violência no estado. Durante o painel “Segurança – Estratégias para Superação da Criminalidade”, no evento Brazil Conference 2019, Camilo destacou a criação do Pacto por um Ceará Pacífico e os três eixos que norteiam as políticas públicas do estado na área: fortalecimento policial; reestruturação do sistema prisional; e o aspecto da prevenção.
“Esse é um desafio enorme. Mas só acredito que possamos resolver esse problema com planejamento, foco e integração. A partir do Pacto por um Ceará Pacífico, com envolvimento do Judiciário, Ministério Público, Legislativo, universidade e de toda sociedade civil, criamos uma nova estratégia de segurança”, citou Camilo Santana. O painel sobre segurança pública contou com a mediação do professor Benjamin Lessing e participação do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e da CEO do Instituto Igarapé, Ilana Szabó.
Em sua fala, Camilo Santana destacou a importância de se cumprir a lei de execução penal nos presídios do estado. “É necessário cumprir a lei dentro dos presídios e mostrar que quem manda é o estado. Isso se reflete nas ruas. Nesses três meses estamos com a maior redução de homicídios dos últimos 10 anos”, disse. “Estamos investindo no reforço de pessoal e em tecnologia, para um trabalho qualificado das polícias; na reestruturação do nosso sistema prisional; e em prevenção, que é principalmente a educação e a melhora (de infraestrutura) nos aglomerados urbanos”, afirmou o governador do Ceará.
Durante o debate, Camilo voltou a destacar a importância do envolvimento da União para o enfrentamento à violência. “Esse problema da violência existe no Brasil inteiro. Temos quase 17 mil km de fronteiras terrestres, que precisam ser vigiadas. A responsabilidade de combater o narcotráfico é da União, não dos estados. Passei os últimos quatro anos debatendo a falta de uma política integrada no país, sem aglutinar os estados a debater esse tema. Apenas no fim do ano passado é que foi criado o Sistema Único de Segurança Pública”.
