A cada dia, a professora Christiane Fernandes Horn presencia o desânimo dos estudantes em participar de atividades de pesquisa nos laboratórios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O sentimento é resultado uma sistemática desvalorização do sistema público de educação superior, que se traduz em uma diminuição gradual nas verbas para as instituições de ensino.
Os cortes são percebidos durante as atividades de rotina, quando faltam seringas, reagentes e outros equipamentos essenciais para o desenvolvimento de novas pesquisas.
A professora do Departamento de Química da UFSC sentiu os efeitos
assim que chegou à universidade, em 2019, quando não conseguiu manter
uma linha de pesquisa sobre câncer. Ela conta que trabalhava como
pesquisadora na linha desde 2005 e tentou dar continuidade ao projeto
quando começou a dar aula na UFSC.
O objetivo era avançar nos estudos para o desenvolvimento de um novo
medicamento. No entanto, por falta de recurso, o projeto nem saiu do
papel.