Aos poucos, o governador eleito Elmano de Freitas vai soltando nomes que vão compor sua equipe no Palácio da Abolição. A mais recente menção: Waldemir Catanho, que foi o secretário de Governo nas duas gestões de Luizianne Lins na Prefeitura de Fortaleza.
Elmano soprou o nome, mas dessa vez não foi para a imprensa. A fala, com certo grau de inflamação, se deu em um encontro ocorrido na semana passada com militantes do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Ao lado do governador eleito, a deputada federal reeleita Luizianne Lins. “Nós temos um governador sem-terra”, disse em certo momento.
Elmano e Catanho trabalharam juntos na gestão de Fortaleza. À época, pertenciam ao mesmo grupo político que tem Luizianne como liderança popular. A deputada federal exerceu papel crucial para viabilizar a candidatura petista ao Governo e, na sequência, retirar a candidatura de Catanho a deputado estadual em função de outro acordo, do qual falo a seguir.
Explica-se: com a candidatura de Elmano ao Governo, a sua cadeira na Assembleia ficava vaga. Era a chance de eleger um parlamentar oriundo do MST para o lugar. Daí, o acordo para que Catanho, mais vocacionado para o Executivo, desistisse da candidatura a favor de Manuel Missias Bezerra, que se elegeu herdando votos de Elmano e em dobradinha com Luizianne.
Atentem para o seguinte trecho da fala de Elmano: “Começou a discussão de que eu poderia ser candidato a governador e nos reunimos com o grupo político do qual fazemos parte. Eu quero destacar a importância da deputada Luizianne [Lins] para a construção desse entendimento político que nós fizemos. Da grandeza política que ela tem, de nós conversarmos com o companheiro Catanho para ele não ser candidato a deputado estadual por que nós iamos precisar dele na campanha como vamos precisar dele no Governo do Estado.