O deputado professor Teodoro do PSDB, rumo ao PSD, assume a tribuna da Assembleia Legislativa duas ou três vezes ao mês. Seu papel é quebrar o debate sobre temas polêmicos. Os colegas dizem que enche linguiça.
No seu esforço para desviar os assuntos que maltratam o governo, o deputado Teodoro levantou um tema que surpreendeu quem conhece a educação pública e privada no Ceará.
O nobre deputado, reitor e versão de velhinho bonzinho, aplicou na tribuna a defesa do uso de tablets nas escolas do Ceará.
O parlamentar elogiou a atitude de escolas particulares que estão substituindo o papel pela máquina. Os livros estão no computador, o caderno também. Tudo fica fácil, disse o deputado lendo jornais e revistas.
No mesmo momento em que lia sua tese de defesa de alguns estudantes ricos, o Ministério da Educação divulgava os dados finais do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2009. Numa relação até 10, ficamos com a taxa de 3,9%. A Escola particular atingiu a meta de 5,9%, também baixa, mas satisfatória para o MEC que estabeleceu para todos o índice de 3,3%.
Não se pode negar a preocupação do governo com a educação. Os gestores sabem que através dela podem reduzir a violência e combater a miséria.
O deputado Teodoro deveria ler e interpretar os números do MEC e depois fazer um discurso mais real ou próximo da realidade.
