Nas 30 cidades com maior queda na nota do Ideb, o patrimônio
dos chefes de Executivos se multiplicou. Houve caso em que o crescimento foi de
1.200%. Ena Vilma (PP) declarou à Justiça Eleitoral possuir R$ 8 mil em 2008.
Hoje tem R$ 281 mil. Mulher do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, ela
comanda o município de Glória (BA), reprovado pelo MEC na avaliação da
qualidade do ensino básico oferecido aos alunos. O mesmo aconteceu com Ilso
Parochi (PSDB), prefeito da pequena Neves Paulista (SP). O patrimônio dele
pulou de R$ 4,5 mil para R$ 70,1 mil em quatro anos. “Eu era padre e não tinha
nada. Agora, guardo dinheiro”, tenta se justificar. Para piorar, em 20 das 30
cidades onde houve maior queda na nota do Ideb, os prefeitos ou vices buscam
reeleição. A valorização do professor é outro tema deixado de lado no país.(Do
Correio Braziliense)