“O
show da cantora Ivete Sangalo para inaugurar um hospital em Sobral continua
rendendo polêmicas. Nesta quarta-feira, durante evento na Secretaria da
Educação do Estado (Seduc), o governador Cid Gomes (PSB) afirmou que irá entrar
com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra o
procurador que questiona o cachê de R$ 650 mil pago à artista baiana.
Cid
disse “lamentar profundamente” a postura dos dois procuradores envolvidos no
caso – fazendo menções específicas a Gleydson Alexandre (Ministério Público de
Contas) e Oscar Costa Filho (Ministério Público Federal). Contudo, não deixou
claro se ambos serão alvo da ação.
“Eu
lamento profundamente, e por enxergar nisso o que chamo de litigância de má-fé,
vou representar no Conselho Nacional do MP contra o procurador que vem
insistindo nessas questões”, declarou. Para o governador, “fica claro que
há muito mais do que um dever institucional do Ministério Público”. Na
avaliação dele, “há uma coisa de pessoal”, estando os procuradores preocupados
em “ocupar espaço em mídia”.
“É
natural que um Ministério Público entre com alguma representação, como qualquer
pessoa pode entrar. Mas nos dois casos, tanto no MP de Contas houve um
indeferimento pelo Tribunal de Contas, que é de fato o órgão judiciário, a
corte que julga. E no caso da Justiça federal, houve já também um
pronunciamento da Justiça sobre a demanda do MP”, explicou Cid.
No
caso do Ministério Público de Contas (MPC), o presidente em exercício à época
do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Pedro Timbó, arquivou processo aberto
pelo procurador Gleydson Alexandre, com base em um parecer da 7ª inspetoria do
órgão. Gleydson, que não concorda com o valor do cachê de Ivete, recorreu da
decisão, e o pleno do TCE deu prazo de dez dias para o Governo apresentar novas
informações.
Já
em relação ao Ministério Público Federal (MPF), Oscar Costa Filho alega que
houve “desvio de finalidade”. E exige que o governador devolva do próprio bolso
os R$ 650 mil pagos a Ivete Sangalo. A Justiça Federal, por sua vez, alegou que
não poderia avaliar o processo, já que recursos da União não foram utilizados
para o show de inauguração do Hospital Regional da Zona Norte (HRN). A ação foi
devolvida e Oscar decidiu também recorrer.”
(Canal Política POVO
Online)