BRA 247 – O PSB dará nesta quarta-feira (18) o
passo mais importante rumo à candidatura de Eduardo Campos a presidente da
República em 2014. Nesta data, o partido realizará a reunião com seus
principais líderes em Brasília para oficializar a entrega dos cargos que possui
no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), inclusive os dos ministros
Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) e Leônidas Cristino (Secretaria
de Portos). Eduardo, inclusive, já comunicou a decisão a ambos.
"Os cargos nunca precederam nem orientaram a aliança
que fizemos há mais de dez anos com a frente política que está no poder. Não
vamos ficar nesse balcão de cargos. Nossa relação com os governos de Lula e de
Dilma sempre foi de apoio desinteressado”, disse Eduardo Campos, segundo
reportagens do G1 e do Estadão. Ele preferia tomar este posicionamento mais
adiante. Mesmo fora do governo, Campos disse que vai ajudar o governo no que
for necessário.
Segundo o jornalista Josias de Souza, de todos os
caciques presentes à reunião de terça, só o governador do Espírito Santo,
Renato Casagrande, defendeu o adiamento da retirada. Mas mesmo ele, ao perceber
que ficara vencido, associou-se à maioria. Defensores do apoio do PSB à
candidatura reeleitoral de Dilma, os irmãos cearenses Cid e Ciro Gomes podem se
opor à entrega dos cargos. Nessa hipótese, tendem a ficar isolados. E podem até
ser convidados a deixar o partido.
O ato desta quarta é
o aceno mais vigoroso de uma candidatura de Campos a presidente, embora ele
negue. "A decisão sobre o debate sucessório só ocorrerá em 2014. Essa é
uma decisão tomada pelo partido lá atrás e será cumprida", afirmou. No
entanto, sem as limitações que a presença no bloco do governo representa, a
tendência é que o governador de Pernambuco se posicione ainda mais em
contraponto ao governo da presidente Dilma.