O editorial da Folha de sábado afirma:
“Expedido pela Justiça Federal no Rio de Janeiro, o mandado de prisão
do empresário Eike Batista constitui mais um sinal de que as
iniciativas de combate à corrupção não se limitam à chamada República de
Curitiba.”
Um pouco mais à frente, a Folha faz outra importante ponderação:
“Faltando ainda muito a investigar, e sem dúvida não pouco a esperar
de uma eventual delação premiada, cabe relembrar a questão que prisões
desse tipo suscitam. Haveria de fato “periculosidade”, para usar o termo
do mandado, nas ações atuais de um empresário já sem crédito e, ao que
tudo indica, destituído da influência de que antes desfrutava? A prisão
preventiva se dá num clima de euforia judicial que, talvez, repita a
euforia empresarial de anos atrás.”
O Antagonista também não concorda com prisões sem embasamento legal,
tomadas na base de uma suposta euforia judicial — o que não parece o
caso de Eike, que tentou atrapalhar as investigações mentindo para a
Justiça.
Mas O Antagonista pergunta: a preocupação da Folha estende-se a todo
cidadão brasileiro? Ou apenas Eike Batista merece tal ponderação em
editorial?