Folha de S.Paulo - Mario Cesar Carvalho
O empresário Eike Batista,
cuja prisão foi decretada pela Justiça federal do Rio de Janeiro, está
disposto a se entregar à Polícia Federal desde que não tenha que ir para
uma prisão comum, no qual ele acha que correria risco de vida, segundo
a Folha apurou.
Apesar
de ser sido o empresário mais rico do Brasil em 2012, com uma fortuna
estimada em US$ 30 bilhões, ele não tem curso superior e por isso não
tem direito a ficar num presídio mais seguro, como o que se encontra o
ex-governador Sergio Cabral (PMDB), em Bangu, na zona norte do Rio.
Eike viajou na última terça-feira (24)
para os Estados Unidos, onde se encontra em local ignorado, usando um
passaporte alemão –ele tem dupla nacionalidade. Os seus advogados negam
que ele soubesse do decreto de prisão e tenha ido para os EUA para
escapar da ordem do juiz federal Marcelo Bretas.
Eike
foi o principal alvo da Operação Eficiência da Polícia Federal,
deflagrada nesta quinta (26) pela Polícia Federal. O empresário teve a
prisão decretada depois que dois doleiros fizeram acordos de delação com
procuradores da Operação Lava Jato no Rio e contaram que ele pagou US$
16,5 milhões de propina a Sergio Cabral. Os doleiros são os irmãos
Renato e Marcelo Hasson Chebar.