sábado, 8 de julho de 2017

O ARQUÉTIPO GEDDEL

O clássico baiano simpático, engraçado e falastrãoDesbocadomachista e homofóbico, gorducho roedor de unhas, na escola de ensino médio de Brasilia, Geddel era chamado de “o suíno” pela turma de seu colega Renato Russo.
“suíno” queria se enturmar com eles, que eram ótimos estudantes, entrar para o seu grupo de trabalho e se beneficiar das suas boas notas sem fazer esforço. Nunca conseguiu.
Mas conseguiu entrar para a política baiana, onde sua família sempre esteve. Deputado federal, escapou milagrosamente do escândalo dos anões do Orçamento, mas ousou brigar com Antônio Carlos Magalhães, que o grampeou e o fuzilou com três vídeos que fizeram Brasília gargalhar: “Geddel vai às compras”, “As primeiras gatunagens de Geddel” e “O agatunado”, denunciando que seu patrimônio triplicou em quatro anos de deputança e revelando a sua vocação para gatuno serial, só agora reconhecida oficialmente pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.
Já deveria estar preso desde 1998 por suas estripulias no governo FHC, mas chegou a ministro da Integração Nacional no segundo governo Lula (no primeiro era oposição “radical”… rsrs; depois aderiu) e finalmente a “amigo fraterno”, braço-direito e mão longa de Temer na articulação politica com o Congresso, para manter a base aliada a todo custo.
Uma especialidade de Geddel, lidar com parlamentares e custos, negociar, seduzir, ameaçar, intimidar, nomear, demitir, comprar e vender.
Estava indo muito bem, para os planos de Temer, até cair depois do escândalo do apartamento de Salvador, denunciado pelo ex-ministro Marcelo Calero. Preso, tem toda a pinta de delator.