Foram longos e proveitosos sete dias os passados em Brasília pelo casal Eduardo Cunha – ele, ex-presidente da Câmara dos Deputados, cassado por quebra de decoro parlamentar em setembro de 2016; preso e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em março do ano seguinte, e finalmente solto este mês; ela, Claudia Cruz, jornalista.
Enquanto Cláudia passeava com amigas, Cunha dedicou-se a fazer o que sempre gostou – política. Mais de uma vez, reuniu-se com Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara, seu amigo e parceiro em outros tempos; visitou e foi visitado por deputados do seu partido, o MDB; e foi visto em restaurantes da cidade, cumprimentando quem lhe estendesse a mão.
A Lira, disse que tudo fará para tirar da liderança do MDB na Câmara o deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), que ali substituiu Baleia Rossi (MDB-SP), derrotado por Lira na eleição de fevereiro passado para presidente da Casa. E revelou-se disposto a ajudar o presidente Jair Bolsonaro a se reeleger. Cunha tem esperança de recuperar um dia a condição de elegível.