O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as polícias civis e militares dos estados e do Distrito Federal, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviem todas as informações sobre a identificação dos caminhões e veículos que participaram ativamente dos bloqueios e das manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas, além de dados de proprietários, pessoas físicas ou jurídicas que estavam nos movimentos bolsonaristas pós-eleições.
Em despacho dentro da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 519, que solicitou a contenção dos bloqueios em rodovias brasileiras, a fim de garantir o direito de ir e vir da população, o ministro determinou ainda que as polícias “informem se identificaram líderes, organizadores e/ou financiadores dos referidos atos antidemocráticos”, diz o documento oficial. O prazo para informações é de 48 horas.
As manifestações por todo o país começaram após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. Nos Quartéis Generais das Forças Armadas de diversas partes do país, militantes pedem “intervenção federal” das Forças Armadas.
Caminhões
Manifestações com caminhoneiros também foram feitas pelo Brasil. Em decisão que autorizou as polícias locais a atuarem, além de aplicação de multa de R$ 100 mil a manifestantes presos, Moraes entendeu que os protestos “afetaram não apenas a regularidade do trânsito nas rodovias, mas, principalmente, a segurança pública em todo o território nacional, inclusive por meio de condutas tipificadas na Lei nº 14.197/2021 como crimes contra as instituições democráticas”.