Após a vitória de Lula no domingo (30/10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deflagrou, nos bastidores, uma ofensiva em busca do apoio da futura base aliada do petista à sua tentativa de reeleição ao comando da Casa em 2023.
Como parte dessa investida, Lira convidou deputados da esquerda para um café da manhã nesta terça-feira (8/11), na residência oficial, em Brasília. O encontro será para discutir a pauta de votações da semana, mas também servirá para ele articular sua reeleição.
Nos últimos dias, Lira também se reuniu de forma individual com lideranças de partidos desse campo. Na segunda-feira (7/11), por exemplo, recebeu o líder da oposição na Câmara, Wolney Queiroz, que será o representante do PDT na equipe de transição.
Em outra frente, o presidente da Câmara também escalou o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), um de seus principais aliados na esquerda, para ajudá-lo a vencer eventuais resistências entre parlamentares do campo progressista.
Assim como fez em 2020, quando declarou publicamente voto em Lira, Carreras tem ajudado o atual presidente da Câmara em conversas de bastidores com objetivo de aproximá-lo da futura base aliada de Lula no Congresso.
Além disso, Lira mantém interlocução direta com algumas lideranças petistas, entre elas o deputado José Guimarães (PT-CE). A sigla de Lula já admite internamente que não deve lançar candidato para enfrentar Lira.
“Em campanha”
Nos bastidores, aliados do presidente da Câmara admitem que ele já está “em campanha” para se reeleger ao cargo. A disputa está marcada para 1º de fevereiro de 2023, quando os novos deputados eleitos tomarão posse.
Nos últimos dias, Lira também se reuniu com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. A sigla deverá ser da base de Lula no Congresso. Segundo aliados de Kassab, a reunião deixou “encaminhado” um acordo para o partido apoiar a reeleição de Lira.