Por Átila Varela
A Dessal deu um importante passo para a implantação de sua usina de dessalinização na Praia do Futuro. Nesta terça-feira, 28, foi assinada assinada a Licença Prévia (LP) pelo superintendente da Secretaria do Meio Ambiente Carlos Alberto Mendes e José Carlos Asfor, diretor de engenharia da Cagece.
A obra, que aumentará em 12% a oferta de água e beneficiará cerca de 720 mil pessoas da capital, terá início ainda nos primeiros meses de 2024.
A LP aprova a localização e concepção do empreendimento, atividade ou obra que se encontra na fase preliminar do planejamento atestando a sua viabilidade ambiental, estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implantação.
Também ajuda a suprir o requerente, no caso a Dessal, com parâmetros para lançamento de efluentes líquidos e gasosos, resíduos sólidos, emissões sonoras, além de exigir a apresentação de propostas de medidas de controle ambiental em função dos possíveis impactos ambientais a serem gerados.
Queda de braço com as telecons
A Dessal vive uma constante queda de braço com as empresas de telecomunicações.
Isso porque, de acordo com as companhias, a instalação de dutos e outros equipamentos seriam capazes de comprometer os cabos submarinos ancorados na Praia do Futuro.
Há quem alerte para uma possível “derrubada” da Internet no Brasil, visto que mais de 16 cabos estão localizados na região e são responsáveis por 90% do tráfego de dados.
A Cagece afirma que a obra não apresenta nenhum risco ao funcionamento dos cabos submarinos, pois houve a mudança de 500 metros do ponto de captação, em relação aos cabeamentos.
A companhia de água chegou até a rebater a Anatel. “A posição da Anatel pode ser considerada simplista, uma vez que não levou em consideração áreas especialistas em recursos hídricos e não apresenta novos fatos ou argumentos técnicos”, disse em setembro.