quinta-feira, 7 de novembro de 2019

EM DIA DECISIVO NO STF, ADVOGADOS SOFREM NOVA TENTATIVA DE INTIMIDAÇÃO

 
O mais recente episódio da escalada de ataques a advogados no exercício de sua profissão coincidiu, na manhã de quinta-feira (7/11), com as portas de um dos julgamentos mais importantes do ano, no qual o Supremo Tribunal Federal vai decidir se volta a aplicar o que diz a Constituição ou se mantém sua interpretação atual sobre o marco temporal para execução da pena nas condenações judiciais.
Às 6h32, a assessoria de imprensa da Polícia Federal em São Paulo divulgou a falsa informação de busca e apreensão no escritório Asfor Rocha, do ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça. Logo depois, a nota foi suprimida do grupo de WhatsApp em que se depositam os releases da PF. Mais tarde, quando a notícia da falsa informação estava nos principais portais noticiosos, a nota foi reposta, com o texto original alterado.
O escritório informou que vai registrar notícia-crime na Procuradoria-Geral da República. "Não é verdade que o escritório César Asfor Rocha Advogados tenha sido alvo de busca e apreensão, como se divulgou. Palocci dissemina mentiras com base no que diz ter ouvido falar. Por falta de consistência e provas, essa mesma ‘delação’ foi recusada pelo Ministério Público Federal. Pelas falsidades, agora repetidas, o ex-ministro César Asfor Rocha registrará notícia-crime na Procuradoria-Geral da República e moverá ação penal contra o delinquente, além de ações cíveis por danos causados à sua imagem e à do escritório."
Episódios com características semelhantes, todos em torno de falsas informações, são comuns às vésperas de votações importantes, como a desta quinta no STF. Foi assim com a investigação fraudulenta da Receita contra Gilmar Mendes e com o episódio atribuído a Marcelo Odebrecht para atingir Dias Toffoli — antes do julgamento sobre a criminalização da homofobia.
(Conjur)