A semana foi difícil para o presidente da Assembleia Legislativa, Roberto Cláudio. A crise entre a deputada Eliane Novais e o governo atingiu o limite, se excedeu.
Não se sabe ao certo o motivo da ira da deputada contra o governo Cid Gomes. Sempre foi atendida, segundo os assessores do Palácio da Abolição. Era diretora da Cagece na primeira gestão Cid Gomes e de lá saltou para a Assembleia com as bênçãos do governo, como aliada.
Quando se pergunta o motivo de tanta ira, a deputada justifica que foi desrespeitada porque não lhe deixaram ser pré-candidata a prefeitura de Fortaleza. Os históricos do partido afirmam que a contestação foi com relação a ata que lhe garantiu tal candidatura, já que não teria acontecido nenhuma reunião com esse fim. Mas o que o governador e secretário Ivo Gomes têm com isso? A deputada não diz.
A presença do ex-deputado Sérgio Novais no plenário da Assembleia encarando deputados foi considerada uma intimidação e desrespeito a liberdade de expressão dos parlamentares. O deputado Roberto Cláudio, elegante e educado, teve que ser duro com relação as manifestações e gestos do presidente do PSB de Fortaleza. “O plenário é um templo sagrado dos parlamentares. Somente eles podem se manifestar”, repetiu várias vezes.
Eliane Novais desrespeitou o templo e botou um bolo no plenário para comemorar o primeiro mês das denúncias sobre banheiros que não teriam sido construídos. O bolo serviu para fotos e filmagens, destruindo a intenção da Assembleia de investigar o caso juntamente com o aparelho público. E se aparecer um relatório com banheiros entregues, construídos? A deputada vai dizer o quê?
(Blog do Roberto Moreira)
