A Folha também destaca que a principal bandeira do PMDB na reforma
política, o sistema de eleição para deputado conhecido como distritão
torna sem efeito a maior parte dos votos dados pelos eleitores aos
candidatos.No atual modelo, o voto sem serventia atingiu 6% dos
eleitores de São Paulo que escolheram um candidato a deputado em 2014.
Com o distritão, atingiria 64%.
O montante não tem relação com os votos nulos, brancos ou com a
abstenção. Trata-se dos votos dados aos candidatos não eleitos, mais os
direcionados em excesso para os mais bem votados.No atual sistema,
chamado proporcional, a votação nos não eleitos e a votação excedente
nos eleitos contribuem para que outros candidatos do mesmo partido ou
coligação consigam uma vaga.Dessa forma, o eleitor não “perde o voto” se
seu candidato não conseguir uma cadeira. Essa escolha influencia na
distribuição das vagas e acaba ajudando alguém que, em tese, defende uma
plataforma parecida.