A greve no INSS, que começou no início de julho e acabará nesta
segunda-feira (28) deve fazer o governo economizar R$ 2,6 bilhões com
benefícios que deixaram de ser pagos e ajudará a equipe econômica a
conter o crescimento das despesas obrigatórias.
A estimativa consta do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas,
documento do Ministério do Planejamento divulgado no último dia 22 com
previsões sobre o Orçamento de 2015. No documento, o governo reduziu de
R$ 438,8 bilhões para R$ 436,2 bilhões a projeção de pagamento de
benefícios da Previdência neste ano.
De acordo com o Planejamento, a greve dos servidores do INSS foi a
principal responsável pela queda nos gastos. “A variação observada nessa
projeção deve-se, sobretudo, à atualização dos dados realizados até o
mês de julho, considerando ainda o impacto da paralisação dos servidores
do INSS”, destacou o relatório.
A greve não interrompeu o pagamento dos benefícios atuais, mas
diminuiu a concessão de novos benefícios. Segundo as estatísticas mais
recentes do Ministério da Previdência Social, em julho, primeiro mês da
greve, 300,3 mil benefícios foram concedidos em todo o país, contra
456,7 mil em julho do ano passado.