sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

CLIMA NO STF: AOS TEMPOS DE JOAQUIM BARBOSA



Nos tempos do mensalão, era Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa que muitas vezes se estranhavam. Agora, há um certo estremecimento entre os ministros Luiz Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Barroso proferia seu voto sobre a indicação dos líderes quando Gilmar se declarou confuso e tentou apontar que havia um contraditório na fala de Barroso. “Se o senhor está confuso, então preste atenção que vou explicar.”


Lá pelas tantas, referindo-se ao que significava eleição, Barroso cita o dicionário Aurélio. Gilmar, não escondeu o descontentamento: “Pronto: o Aurélio agora é dicionário jurídico!”

Gilmar Mendes deu seu voto e, ao final, levantou-se, alegando que precisava se ausentar do resto da sessão porque ia viajar. Aí, foi a vez de Lewandowski deixar transparecer ao público presente a sua satisfação com a saída do colega: “Boa viagem”, disse ele com aquela expressão no olhar rapidamente traduzida por um “Se é por falta de adeus….”

Dentro do governo, Antonio Dias Toffoli é visto como alguém que tem sérias mágoas em relação à presidente Dilma Rousseff. Todos colocam o voto dele sempre como “do contra”, mais emocional do que técnico, algo que, na avaliação do Planalto, significa que eles nunca poderão contar com o ministro para nada. (Denise Rothenburg - Correio Braziliense)