A definição do rito do impeachment no Legislativo abriu uma disputa
direta entre os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDBRJ), e do
Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), sobre quem tem a palavra final a
respeito do afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Nesta sexta-feira (10), Renan enviou ao STF (Supremo Tribunal
Federal) parecer em que defende que, uma eventual decisão da Câmara de
admitir o impeachment de Dilma, teria, obrigatoriamente, que ser
analisada pelo Senado. Para Renan, caberia à Casa dizer se a decisão dos
deputados deve ou não prosperar.
Segundo a Folha apurou, Renan não comunicou Cunha sobre seu
entendimento. O presidente da Câmara defende que o Senado não tem
autonomia para desfazer uma decisão da Câmara sobre o afastamento de
Dilma.