A
base de Michel Temer tem dado mostras de que vai esticar a corda na
reforma da Previdência. Capitaneada por Paulinho da Força (SD-SP), uma
das principais emendas que serão apresentadas ao texto — que desfigura o
projeto do Planalto e flexibiliza a regra de transição — recebeu apoio
de importantes partidos aliados do governo. Mais da metade da bancada do
DEM e cerca de um quinto dos deputados do PMDB endossaram a proposta.
No centrão, PP, PR e PTB assinaram em peso.
Mais disciplinado, o PSDB fez que deu de ombros. Nem dez tucanos foram favoráveis à emenda.
Embora
isso não queira dizer que os deputados aprovarão a flexibilização, a
simpatia da base à proposta é um termômetro de que o governo terá
dificuldades para aprovar a reforma.
Diferentemente
do que aconteceu na votação do teto de gastos públicos, os dirigentes
partidários estão menos propensos a fechar questão e obrigar seus
deputados a votar pela reforma da Previdência.
Como
quem não quer nada, um ministro de Temer decidiu desenhar um cenário de
como ficaria o país se não passarem as mudanças na Previdência.
Comparou ao estado de calamidade que vive o Rio hoje. (Painel - Folha de S.Paulo)