Passado o recesso do carnaval, o governo abriu uma forte ofensiva
para ver aprovada na Câmara a reforma da Previdência com o mínimo de
mudanças no projeto original. Esse esforço, iniciado oficialmente na
sexta-feira, 3, inclui ameaça de retirada de cargos dos parlamentares da
base que votarem contra a medida; campanha nas redes sociais feita pelo
PMDB afirmando que programas sociais, como o Bolsa Família, acabarão
sem a aprovação da reforma, e o corpo a corpo que será retomado pelo
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no Congresso.
Pela manhã, uma força-tarefa liderada pelo presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve no gabinete de Meirelles. O que seria uma
reunião rápida durou cerca de duas horas e, ao final, Maia, que defendia
regras “mais escalonadas” para a transição ao regime de idade mínima de
65 anos para a aposentadoria, deixou o Ministério informando que havia
mudado de ideia.