quinta-feira, 27 de junho de 2019

BRASILEIRO DA FAB COM COCAÍNA É MANCHETE MUNDIAL

A imprensa internacional repercute na quarta-feira, 26, a prisão de um militar brasileiro que transportava 39 kg de cocaína em um avião que integrava a comitiva do presidente Jair Bolsonaro. O homem, de 38 anos, um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), foi preso no aeroporto de Sevilha, na Espanha, e estava no grupo de 21 militares que dão suporte à viagem presidencial até Tóquio, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O presidente não estava no mesmo avião que o militar preso.
O diário Le Monde, um dos principais da França, escreve que essa não era a primeira viagem presidencial do sargento e que a situação dá elementos para a oposição criticar o presidente. "Bolsonaro abalado pelo caso 'Aerococa', depois que 39 kg de cocaína foram encontrados em um avião oficial" foi o título dado pelo diário parisiense.
O jornal americano The Washington Post deu ao caso ênfase diferente da dos periódicos britânicos, citando Bolsonaro somente no quarto parágrafo da reportagem e reproduzindo com destaque informações técnicas sobre a apreensão dadas por uma fonte anônima integrante da guarda civil espanhola.
"Cocaína na Espanha coloca Bolsonaro sob tensão" foi o título da publicação inglesa Financial Times, que classificou o caso como "um constrangimento internacional para Bolsonaro" em matéria publicada em seu site. A reportagem diz ainda que "a detenção é um baque para o direitista Bolsonaro, cujo governo está tentando endurecer as leis sobre drogas e tem frequentemente louvado as Forças Armadas".
A revista alemã Der Spiegel também dedicou espaço ao caso em seu site. Em texto curto, apenas relata a situação e cita que o soldado integrava a comitiva do presidente para a viagem ao G-20. "Militar na comitiva presidencial brasileira tinha 39 quilos de cocaína".


Na Espanha, o El País intitulou a reportagem com "Detido em Sevilha um militar da comitiva de Jair Bolsonaro com 39 quilos de cocaína" e explicou que a droga foi encontrada por agentes espanhóis quando o militar brasileiro desceu do avião da FAB com um saco de guardar roupas e uma mala de mão.