O homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemman, defende o modelo de educação de Sobral como referência a ser adotada. Na avaliação do empresário, o sistema precisa ser “exportado” para o País. Por meio da Fundação Lemman, o sócio de um dos maiores conglomerados privados do mundo já iniciou os testes para replicar, via Fundação que leva seu nome, o modelo educacional em vigor na cidade desde que Cid Gomes a comandou a partir de 1997.
“Na Fundação, chamamos o ex-prefeito de Sobral, Veveu Arruda, do PT, amigos dos irmãos Gomes (Ciro e Cid), para montar um projeto para replicar a experiência de sucesso de Sobral em outras cidades brasileiras com menos de 200 mil habitantes. Estamos testando atualmente em 25 cidades com prefeitos de vários partidos que tem interesse no programa. Se der certo, vamos fazer mais 250 cidades”, destacou em entrevista ao O Globo.
Segundo o empresário, talvez o Brasil não alcance os índices de educação de Singapura. “É possível que o Brasil nunca vire uma Singapura, mas já seria ótimo virar uma grande Sobral”, projeta.
Vejam outro trecho da fala de Lemann em entrevista ao O Globo.
“Quer ver três coisas que funcionam bem no Brasil? A educação em Sobral, o vôlei do Bernardinho e Zé Roberto e a Ambev. São três exemplos brasileiríssimos de metas, cobranças e foco. Por que não podemos atingir esta excelência em todos os setores do País? Os alunos das escolas públicas de Sobral disputam as olimpíadas mundiais de matemática, mostrando que é possível ter educação de qualidade em cidades pobres. Os técnicos Bernadinho e Zé Roberto ganharam várias Olimpíadas e mundiais e mudaram a mentalidade do esporte brasileiro”.