A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (12) a Operação Suitcase, em Fortaleza (CE) e em São Paulo (SP), para investigar o relato de delatores da Operação Lava Jato ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um pagamento de propina de R$ 200 mil para um ex-diretor do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que não teve a identidade divulgada. A propina teria sido paga em espécie em uma mala, em um hotel de Fortaleza, em outubro de 2012.
Titular da Delegacia de Combate à Corrupção (Delecor) da PF no Ceará, o delegado federal Cláudio Carvalho afirmou que o dinheiro foi entregue por dois funcionários de uma construtora nacional e por um proprietário de uma empresa de terraplanagem de Pernambuco.
“Esse diretor era importante dentro do Banco. Ele ocupava uma alta hierarquia e tinha potencialmente condições de determinar benefícios, nem sempre legais, nem sempre devidos, para essa construtora. Como foram muitas as operações do Banco que envolveram essa construtora, nós estamos tentando determinar especificamente a quê se deu esse pagamento”, disse o delegado, em entrevista ao G1.
Para investigar a prática de corrupção ativa e passiva, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 11ª Vara Federal de Fortaleza. Um dos mandados foi cumprida em um apartamento de Fortaleza, pertencente ao ex-diretor do BNB. E os outros três em endereços capital paulista: um apartamento onde mora o ex-diretor do banco; seu escritório, e a residência de um ex-diretor da construtora, apontado como pagador da propina.