O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou
a Medida Provisória 927 – que determinou que os contratos de trabalho
podem prever o não
pagamento de salários pelos próximos 4 meses por contra da crise gerada pelo coronavírus -,
como uma medida “capenga” e que foi publicada sem as partes acordadas entre a
equipe econômica do governo e os parlamentares do Congresso.
De acordo
com Maia, a MP deveria conter as regras para que os trabalhadores recebessem
25% do seguro desemprego caso tivessem alteração salarial, além das normas da
redução de 50% do salário com a redução proporcional de jornada. Ambas medidas
foram anunciadas por Guedes na última semana, mas não constam no texto da MP.
“O que conversamos diverge
do que está publicado. Tô começando a achar se não sumiu em algum lugar parte
da MP, que gerou pânico na sociedade por essa questão do emprego, criou uma
crise desnecessária. […] Nós estamos preocupados em solucionar a manutenção dos
empregos. Da forma que ficou, ficou só insegurança sobre as relações de
trabalho entre empregador e empregado”, disse Rodrigo Maia em entrevista remota
à revista Exame nesta segunda-feira 23.