segunda-feira, 23 de março de 2020

PRESIDENTE DA CÂMARA DIZ QUE O TEXTO DA MP 927 NÃO CONDIZ COM AS NEGOCIAÇÕES QUE TRAVAVA COM O GOVERNO


Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou a Medida Provisória 927 – que determinou que os contratos de trabalho podem prever o não pagamento de salários pelos próximos 4 meses por contra da crise gerada pelo coronavírus -, como uma medida “capenga” e que foi publicada sem as partes acordadas entre a equipe econômica do governo e os parlamentares do Congresso.
De acordo com Maia, a MP deveria conter as regras para que os trabalhadores recebessem 25% do seguro desemprego caso tivessem alteração salarial, além das normas da redução de 50% do salário com a redução proporcional de jornada. Ambas medidas foram anunciadas por Guedes na última semana, mas não constam no texto da MP.
“O que conversamos diverge do que está publicado. Tô começando a achar se não sumiu em algum lugar parte da MP, que gerou pânico na sociedade por essa questão do emprego, criou uma crise desnecessária. […] Nós estamos preocupados em solucionar a manutenção dos empregos. Da forma que ficou, ficou só insegurança sobre as relações de trabalho entre empregador e empregado”, disse Rodrigo Maia em entrevista remota à revista Exame nesta segunda-feira 23.