A nova rodada da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16/8), aponta que o pagamento da primeira parcela do Auxílio Brasil, no último dia 9, não teve impacto positivo relevante para Jair Bolsonaro (PL). Na pesquisa estimulada, quando os candidatos são apresentados aos entrevistados, o presidente oscilou um ponto percentual para cima em relação ao levantamento do início do mês, portanto dentro da margem de erro de dois pontos, marcando 33% das intenções de voto. Lula (PT) também oscilou um ponto para cima, chegando a 45%.
Encomendada pela Genial Investimentos, a pesquisa da Quaest mostra que Ciro Gomes (PDT) também oscilou um ponto para cima, na comparação com o último levantamento, marcando 6% das intenções de voto, o mesmo que Simone Tebet (MDB), que também registrou oscilação positiva de 1% e chegou a 3%. Pablo Marçal (PROS) e André Janones (Avante) deixaram a disputa ao Planalto.
Vera Lúcia (PSTU), Eymael (DC), Sofia Manzano (PCB), Felipe d’Ávila (NOVO), Soraya Thronicke (União Brasil) e Leonardo Péricles (UP) não pontuaram. Eleitores indecisos são 6%, mesmo percentual dos que pretendem votar nulo.
Na pesquisa espontânea, que não oferece ao entrevistado os nomes dos presidenciáveis, Lula manteve 36% das intenções de voto no primeiro turno, e Bolsonaro oscilou um para cima, marcando 27%. Ciro Gomes também manteve seu 1% de intenção de voto na espontânea. Brancos, nulos e que não pretendem votar são 2% e indecisos 36%.
Em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a Quaest mostra que 51% das pessoas votariam no petista contra 38% que votaria no atual presidente.
A pesquisa constatou que o pequeno impacto do Auxílio Brasil e da redução do preço dos combustíveis para Bolsonaro não é devido ao desconhecimento do autor das medidas. O levantamento mostra que 58% dos entrevistados atribuem a autoria ao presidente e não aos governadores dos estados.
Os ajustes no Auxílio Brasil e no Vale-Gás, aprovados pelo Congresso Nacional na PEC Kamikaze no dia 13 de julho, foram planejados com o objetivo de ajudar a eleição de Bolsonaro, segundo 62% dos entrevistados. Acreditam que são medidas destinadas a ajudar as pessoas 33% dos entrevistados.
A pesquisa fez 2 mil entrevistas pessoais com brasileiros a partir de 16 anos, entre 11 a 14 de agosto. O nível de confiança é de 95%. A margem de erro é de dois pontos percentuais.