A Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça abriu 21 investigações para apurar manifestações políticas de 18 magistrados pelas redes sociais durante o período de campanha eleitoral em 2022. O levantamento é do jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo a publicação, o CNJ proferiu nove decisões determinando a derrubada de perfis virtuais de juízes e desembargadores em razão de manifestações políticas. Foi a primeira eleição que essa conduta é adotada, por iniciativa do corregedor, ministro Luis Felipe Salomão.
A verborragia dos magistrados pelos canais virtuais atingiu ambos os lados da polarização política. Tanto Lula quanto Bolsonaro foram xingados, além de haver registros de críticas às urnas eletrônicas, flerte com atos antidemocráticos e até falas mais incivisas desejando a morte de candidatos.
O jornal cita os casos da desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Maria do Carmo Cardoso, que teve as redes suspensas por apoiar atos golpistas, e da juíza Ludmila Grilo, da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG), uma figura constante nos pauta da Corregedoria Nacional de Justiça. Ambas são bolsonaristas.
Também aponta Rosália Guimarães Sarmento, do Tribunal de Justiça do Amazonas, que teve os perfis suspensos por postagens politizadas em que declara apoio a Lula, e do desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco Bartolomeu Bueno de Freitas, que é investigado depois de dizer: “por que não morrem essas desgraças como Bolsonaro e os filhos?”.
A investida do CNJ visou combater o problema antigo da quebra da parcialidade por conta das manifestações políticas, especialmente em um ano de extrema polarização como foi 2022.
Fonte: site Conjur