O senador Cid Gomes (PSB) vem emitindo sinais desencontrados, deliberadamente ou não, mas cuja leitura atenta pode indicar possível cenário para 2026 – que parece distante ainda, mas entre os políticos não se fala de outra coisa. Uma delas: qual é mesmo a disposição do ex-governador de entrar numa corrida pelo Abolição, seja pessoalmente ou apoiando um nome que não o do governismo? O mercado político tenderia a responder hoje que essas chances são remotas.
Ocorre que Cid é hábil nesse jogo de administrar expectativas. A preço de agora, sem controle efetivo do PSB e rompido com o irmão Ciro e o grupo de Roberto Cláudio (PDT), é razoável supor que o senador não encararia empreitada tão arriscada quanto uma queda de braço com Elmano – ou com qualquer outro nome chancelado por Camilo Santana (PT).
Mas Cid não está parado, como prova sua vida social. Entre um encontro casual num aniversário e outro num aeroporto, vai atenuando rusgas e diferenças com (ex) adversários, enquanto tenta uma reaproximação com o primogênito dos Ferreira Gomes.
Fonte: O Povo