Pelo segundo mês seguido, o trabalhador brasileiro teve queda nominal e
real na renda frente ao mês anterior, segundo dados da Pesquisa Mensal
de Emprego (PME), divulgada nesta terça-feira pelo IBGE. Em março em
relação a fevereiro, a queda real foi de 2,8%, o pior resultado em mais
de 12 anos – em janeiro de 2003 o recuo foi de 4,3%.
A queda real acontece quando a renda cresce menos que a inflação, ou
seja, o rendimento até subiu, mas não tanto quanto os preços – o que faz
com que o trabalhador perda poder de compra. Já a queda nominal
acontece quando efetivamente há queda na renda, por exemplo, alguém que
tinha rendimento de R$ 1.500, mudou de emprego e passou a receber R$
1.300.
Frente a março do ano passado, o recuo real foi de 3%, o mais forte
desde fevereiro de 2004, quando a renda teve queda real de 4,8%. Já a
queda nominal foi, na comparação com fevereiro, foi de 1,3%, bem mais
forte que no mês anterior, quando houve queda 0,3%.