O papa Francisco concedeu hoje (21) aos sacerdotes a decisão de
absolver ou não as pessoas que cometeram aborto e procuram a Igreja
Católica para se redimir. A orientação foi publicada na carta apostólica
Misericordia et Miseria, divulgada pelo Vaticano. O texto marca o
encerramento do Ano Santo do Jubileu, que foi dedicado ao tema da
misericórdia. A informação é da Agência Ansa.
A carta apostólica estabelece uma série de novas instruções para que a
misericórdia seja adotada como prática diária entre os católicos. Dessa
forma, os sacerdotes ficam livres para decidir perdoar ou não uma
pessoa que cometeu aborto. Isso abre caminho para médicos e mulheres que
já cometeram ou participaram de abortos. Até hoje, os dois eram
impedidos automaticamente de comungar na Igreja e o status só podia ser
revertido em casos específicos por bispos ou delegados.
“Com todas as minhas forças, digo que o aborto é um pecado grave,
porque coloca fim a uma vida inocente”, afirmou o papa. Mas peço aos
sacerdotes que sejam guias e deem apoio e conforto no acompanhamento dos
penitentes”, ressaltou o líder católico “Para que nenhum obstáculo se
coloque entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus, concedo, a
partir de hoje, a todos os sacerdotes, na força de seus ministérios, a
faculdade de absolver os que os procuram pelo pecado do aborto”,
determinou Francisco.