terça-feira, 16 de outubro de 2018

REDUTO DE ARTISTAS, "BAR DO VAVAL" COMPLETA 35 ANOS EM FORTALEZA COM PRESENÇAS ILUSTRES

Na esquina das ruas Lauro Maia e Artur Temóteo, no Bairro de Fátima, o som boêmio da Música Popular Brasileira (MPB) se encontra com a diversão cervejeira de um fim de tarde. O amontoado de carros, que rodeia um dos cruzamentos mais animados da região, faz parte da paisagem urbana há, pelo menos, 35 anos - idade na qual o Point Lauro Maia escreve sua história no bairro. 
Símbolo da efervescente boemia da capital cearense e conhecido popularmente como "Bar do Vaval", o point comemora justamente os 35 anos, na segunda-feira (12). Nesse período, já passaram por lá músicos como Amelinha, Zeca Baleiro e Jorge Vercilo, além de jogadores de futebol, como Sócrates e Zico. 
"O Fagner, que é amigo da gente, que anda muito aqui, trouxe muita gente boa e famosa; por isso o bar ficou famoso pelas pessoas famosas que o Raimundo agregou aqui pra gente", conta o proprietário Olival Benício de Sampaio Sobrinho, que dá nome à alcunha do bar: Vaval. Fagner, inclusive, tem uma história próxima com o local, simbólica e literalmente. O cantor morou durante anos na mesma rua do bar, a cerca de 70 metros de distância e sempre foi frequentador assíduo. 
De acordo com o próprio cantor cearense, a vida e a carreira está entrecortada com o bar. "Continuo vendo meus amigos, trazendo pra cá, pessoas das mais diferentes funções. É um ponto importante aqui de Fortaleza, culturalmente importante porque tem muita gente interessada, focada na Cidade, nos problemas diários. Aqui é nota mil", ressaltou Fagner. 
Vaval relembra também um show informal que Altemar Dutra realizou quando o bar ainda era um mini-mercadinho administrado pelos pais, desde 1962. "O Altemar ía fazer um show em Sobral e tinha um primo que morava aqui perto. Eles vieram tomar umas cervejas e de repente começou a cantar umas músicas pro público".
O espaço foi fundado pelos pais do empresário em 1962 para ser uma mercearia. Em 1982, Vaval assumiu o estabelecimento e transformou o local no Point Lauro Maia.   
(Diário do Nordeste)