Depois de um mês parada na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da reforma da Previdência, começaria a ser analisada nesta quinta-feira (21/3) na Casa, com a escolha do relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O anúncio estava marcado para as 11h, mas foi cancelado.
Líderes partidários se reuniram, pela manhã, e decidiram adiar a indicação do relator até que o governo, através do Ministério da Economia, "apresente um esclarecimento sobre a reforma e a reestruturação dos militares". O projeto de lei dos militares, apresentado pelo governo na quarta-feira (20/1), trouxe bilhões em contrapartidas para a categoria, além de regras mais suaves do que para os demais trabalhadores, o que desagradou boa parte da base aliada.
As prisões do ex-presidente Michel Temer e de ex-ministros, anunciadas por volta das 11h desta quinta-feira (21/3), quando seria definido o relator, também atrapalham a discussão. A consequência direta é a perda de possíveis votos de deputados do centrão, que eram aliados a Temer. A bancada do MDB, partido do ex-presidente, conta com 34 deputados.