Senador
em primeiro mandato, Marcos do Val (Cidadania-ES) demitiu a assistente parlamentar Brunella Poltronier
Miguez de seu gabinete no Congresso Nacional no dia 24 de abril. À época, a
advogada ganhava pouco mais de R$ 8 mil para trabalhar no Senado Federal.
Contratada pelo parlamentar do Espírito Santo em sua base estadual,
Brunella havia recebido um aumento de cerca de R$ 3 mil 20 dias após ser
efetivada no cargo. No entanto, acabou demitida por Do Val recentemente.
O
motivo, segundo ele: os dois se apaixonaram. O senador explicou ao Metrópoles que
a relação entre eles era puramente profissional no momento da contratação da
servidora. “Quando comecei a despertar o interesse por ela, entrei em conflito
comigo. Não sabia o que era ilegal ou imoral”, afirma o parlamentar.
Segundo
ele, após uma consulta ao Senado Federal, descobriu que não seria ilegal
mantê-la em seu gabinete, já que relações de namoro não são caracterizadas
formalmente como nepotismo. Mas, “para evitar qualquer resquício de
imoralidade”, Do Val conta que escolheu exonerar a assistente parlamentar.
Assim,
desde o dia 14 de maio, Brunella trabalha na Diretoria-Geral do Senado como consultora
legislativa. No local, ganhou mais um aumento: atualmente, ela recebe exatos $
10.805,49. Antes de conhecer o senador, no entanto, a advogada trabalhava no
Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES), com um
salário de R$ 2.300. A reportagem mandou mensagem à advogada, que não respondeu
até a publicação da reportagem. O espaço continua aberto a manifestações.