O
texto-base da reforma da
Previdência foi aprovado em primeiro turno na
noite de terça-feira (1º) no plenário do Senado. A proposta, que precisava
de 49 votos para ser aprovada, recebeu 56 votos favoráveis e 19 votos
contrários - margem um pouco menor que a calculada pelo governo, que esperava
aprovar o texto com cerca de 60 votos. Cinco senadores faltaram à votação.
A
expectativa do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), é de manter o
calendário inicial e pautar a matéria até 10 de outubro. Mas, entre os
senadores, não há consenso para garantir a segunda votação dentro do prazo
esperado por ele. Após reunião com lideranças partidárias, o líder do PSL no
Senado, Major Olímpio (SP), afirmou que "não está de pé" a votação
nessa data.
Os
parlamentares fizeram uma série de cobranças ao governo, que, segundo eles, não
têm cumprido compromissos. Na lista, estão mudanças na repartição dos recursos
da cessão onerosa, pacto federativo e liberação de emendas. "A votação em
primeiro turno será feita pelo Brasil, mas, se não acontecer compromissos
assumidos pelo governo, não haverá a votação no dia 10", afirmou Olímpio.