Segurança pública também se faz com boa gestão dos recursos aliada a práticas simples, inovadoras e sustentáveis. Seguindo exatamente esta concepção construtiva, os servidores do Laboratório de Impressão Papiloscópica (LIP) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), motivados pelo espírito da sustentabilidade, passaram a produzir os seus próprios insumos a partir de matéria-prima acessível. A prática vêm gerando mais de 98% de economia aos cofres públicos do Estado. Com a produção própria, o LIP produz em grande escala oito quilos dos pós branco e preto e cinco litros da substância ninidrina custando R$ 208,06. Essa mesma quantidade, caso fosse adquirida pelo Estado, custaria R$ 17.574,94. Este valor compraria, por exemplo, 87.500 luvas de látex (875 caixas de luvas).
A rotina de trabalho dos profissionais de papiloscopia inicia com o acionamento deles para locais de ocorrências para realizarem buscas e revelações de impressões digitais em lugares e objetos suspeitos e/ou que estejam sendo investigados pela Polícia, ou outro órgão da Justiça. Ao localizarem vestígios que identifiquem suspeitos em crimes, os servidores da Pefoce prestam uma grande colaboração para os órgãos de investigação e Segurança Pública do nosso Estado.
Contudo, para que essas perícias aconteçam são necessários instrumentos e materiais específicos, que não são tão acessíveis. Basicamente, são utilizados pós reveladores, lanternas especiais e pincéis. Destes materiais, o ‘pó revelador’ é o insumo que precisa ser reposto com uma maior frequência devido à quantidade de demandas que a Pefoce recebe. Atentando para este detalhe, Paulo Harison, profissional em papiloscopia do LIP, pesquisou métodos e substâncias que pudessem substituir o material adquirido pelo Estado.