
O presidente Jair Bolsonaro
disse, ontem (09) que aceita aumentar o valor do auxílio emergencial pago a
trabalhadores informais se deputados e senadores cortarem nos próprios
salários.
Bolsonaro
deu a declaração na entrada da residência oficial do Palácio da Alvorada. O
presidente comentou pedidos de parlamentares para que o auxílio, criado para
ajudar trabalhadores afetados pela crise do coronavírus, seja maior.
Inicialmente,
o pagamento seria em três parcelas de R$ 600. O governo quer pagar mais duas
parcelas, e o valor deverá ser de R$ 300. “Eu sei que tem parlamentar que quer
mais duas de R$ 600. Tudo bem, se tivermos um programa para diminuir o salário
do parlamentar, a metade, grande parte do salário desses parlamentares ser
usado para pagar isso aí, tudo bem”, disse Bolsonaro.
O
presidente argumentou que o endividamento do governo não pode continuar
crescendo. “A gente não tem como, cada parcela é um pouco de R$ 40 bilhões [de
impacto nas contas públicas], não tem possibilidade da nossa dívida continuar
crescendo dessa maneira”, declarou.
Bolsonaro
disse ainda que um valor maior do auxílio dependeria de os parlamentares
apontarem a origem dos recursos. “Eu pago até R$ 1 mil por mês, não tem
problema nenhum. Mas dizendo de onde vem o recurso, não podemos nos endividar”,
disse.