Ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, empresário e engenheiro, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) é presidente da CPI mista das fake news e relator do projeto de lei que pretende combater a disseminação de ataques e notícias falsas pelas redes sociais. Na terça-feira (30) Coronel enfrentará um dos maiores desafios em seu segundo ano de Senado: convencer os colegas a aprovar uma proposta cercada de pontos polêmicos e que desperta críticas de plataformas digitais e entidades ligadas ao direito à informação. Mas cuja votação é considerada inadiável pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e parte dos senadores, mesmo em uma agenda premida pela pandemia.
Escalado para a função há cerca de um mês, Coronel afirma que ouviu entidades, empresas e especialistas no assunto para produzir seu relatório e que acolheu boa parte das sugestões feitas e não há açodamento na votação. Em entrevista ao Congresso em Foco, o relator diz que não vai abrir mão de um dos pontos mais atacados de seu texto: a exigência de que programas de envio de mensagem como o Whatsapp e o Telegram guardem os arquivos por três meses, permitindo que eles sejam rastreados.