
O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), comentou, na terça-feira (09/06), a proposta
do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) de cortar
salários de parlamentares para arcar com a prorrogação do auxílio emergencial,
dizendo que a conta não bate. “O salário dos parlamentares, em
relação ao custo ou ao investimento, dá uma diferença um pouco grande”,
ironizou.
“A conta só está um pouco
distante: o custo de dois meses do auxílio emergencial são
R$ 10o bilhões. O custo anual do salário dos parlamentares são R$ 220 milhões
brutos. Câmara já economizou mais de R$ 150 milhões, que é quase um ano de
salário, mas não temos problema no debate, é um debate que precisa ser feito”,
afirmou Maia.
Para ele, uma proposta de
cortes lineares, envolvendo todos os três Poderes, não enfrentaria resistência
no Congresso. A proposta de ampliação do auxílio para R$ 600 partiu da Câmara
dos Deputados, ressaltou, e assim, “construção de condições para que a gente
possa continuar transferindo renda para os brasileiros mais simples e mais
vulneráveis”.
“Se todos os Poderes topassem cortar um valor, que seja
por seis meses, para garantir os R$ 600, tenho certeza que os parlamentares vão
participar e vão defender.”